🍃 Abaixo, você encontra a bibliografia que serve de base teórica para nossa Neoteca, com comentários breves acerca de cada uma delas.
BAGNO, Marcos. Dicionário crítico de sociolinguística. São Paulo: Parábola, 2017.
→ Esta obra contempla questões da configuração social, histórica e cultural do Brasil, recorrendo a dados do português brasileiro para explicar conceitos da sociolinguística.
BASÍLIO, Margarida. Formação e classes de palavras no português brasileiro. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2011. Disponível em: https://cabana-on.com/Ler/wp-content/uploads/2017/09/Formacao-e-Classes-de-Palavras-Margarida-Basilio.pdf. Acesso em: 16 set. 2025.
→ O livro apresenta o léxico como sistema dinâmico, em expansão, mas regido por padrões que garantem a eficiência da comunicação. De forma didática, a autora analisa os principais processos de formação de palavras no português do Brasil, assim como suas regras formativas.
BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009.
→ A obra atualiza conceitos e incorpora fatos gramaticais do português em âmbito nacional e internacional, aliando descrição científica à gramática normativa.
BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. Teoria Linguística: linguística quantitativa e computacional. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1978.
→ O livro foca em teoria lexical, abordando a problemática da palavra em diversas línguas faladas e escritas.
BIDERMAN, Maria Tereza Camargo. Conceito linguístico de palavra. In: BASÍLIO, Margarita. (Org.). Palavra (série linguagem): a delimitação de unidades lexicais. Rio de Janeiro: Grypho, 1999. p. 81-97.
→ Esse estudo discute a segmentação do discurso em unidades léxicas, sua conceituação e a terminologia adequada à lexicologia. Discute-se que o conceito de palavra é complexo e não admite definição universal, devendo a palavra ser analisada língua a língua.
CORREIA, Margarita; ALMEIDA, Gladis Maria de Barcellos. Neologia em português. São Paulo: Parábola Editorial, 2012.
→ Nesse livro, as autoras apresentam noções básicas da Lexicologia, definem a neologia, exibem e exemplificam os principais processos formativos de palavras e ainda sugerem atividades didáticas para o(a) professor(a) dos ensinos fundamental e médio.
FERRAZ, Aderlande Pereira; LISKA, Geraldo José Rodrigues. Pandemia e neologia em manchetes jornalísticas: criatividade lexical em foco. Estudos Linguísticos, São Paulo, v. 50, n. 3, p. 1047-1063, dez. 2021. Disponível em: https://revistas.gel.org.br/estudos-linguisticos/article/view/3055. Acesso em: 11 jan. 2025.
→ Esse artigo analisa a inovação lexical no português do Brasil, com foco em neologismos da mídia eletrônica durante a pandemia da Covid-19.
FERREIRA, Paulo Ricardo Sousa. Neologismos e Processos Lexicais Criativos: a Produtividade Lexical sob a Ótica da Linguística Cognitiva e Gerativa. Dissertação (Mestrado em Linguística) – Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2021. Disponível em: https://doi.org/10.6084/m9.figshare.14485974.v1. Acesso em: 22 abr. 2024.
→ O estudo analisa neologismos no léxico de Belo Horizonte, em ambientes físicos e digitais, com base na Linguística Cognitiva e a Teoria Gerativa. Na obra são discutidas várias definições para neologismos e processos de formação de palavras, na perspectiva das duas abordagens teóricas.
FILLMORE, Charles J. Frame semantics. In: GEERAERTS, Dirk. (Ed.). Cognitive linguistics: basic readings. Berlin: Mouton de Gruyter, 2006. p. 373-400.
→ O texto apresenta a Semântica de Frames, proposta de Fillmore para explicar significados linguísticos a partir de estruturas cognitivas que organizam experiências. Mostra como palavras evocam frames e têm seu significado relacionado em rede com muitas outras palavras e conceitos. Destaca, assim, a relação entre linguagem, cognição e práticas socioculturais.
GONÇALVES, Carlos Alexandre. Atuais tendências em formação de palavras. São Paulo: Contexto, 2016.
→ O livro analisa a criação de novas palavras no português brasileiro, observando termos da informática, gírias e bordões populares. O autor descreve e exemplifica os fenômenos de formação lexical, indo além das gramáticas tradicionais e manuais de morfologia.
GONÇALVES, Carlos Alexandre. Morfologia. São Paulo: Parábola, 2019.
→ O livro analisa formações lexicais recentes e questões centrais da morfologia, como criação e combinação de unidades lexicais, oferecendo conceitos básicos e panorama crítico da área.
JESUS, Ana Maria Ribeiro de. Princípios metodológicos para a detecção de neologismos da comunicação digital. Estudos Linguísticos, São Paulo, v. 50, n. 1, p. 243-261, 2021. Disponível em: https://revistas.gel.org.br/estudos-linguisticos/article/view/2961. Acesso em: 20 jan. 2025.
→ O artigo descreve princípios para a coleta e validação de neologismos digitais, discutindo as limitações dos métodos tradicionais e propondo ajustes.
ROCHA, Luiz Carlos de Assis. Estruturas morfológicas do português. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1998.
→ Este livro propõe-se como um tratamento moderno da morfologia, superando a repetição de conceitos da gramática tradicional e princípios obsoletos do estruturalismo.
🍃 A seguir, disponibilizamos a bibliografia resultante do trabalho dos pesquisadores da Neoteca.
FERREIRA, Paulo Ricardo Sousa; AMARAL, Luana Lopes. Motivações cognitivas e funcionais para neologismos verbais do português brasileiro: a construção “sextar” e outras instanciações análogas. DELTA: Documentação de Estudos em Lingüística Teórica e Aplicada, São Paulo, v. 40, n. 2, p. 1-28, 2024. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1678-460X202440263594. Acesso em: 15 set. 2025.
→ A partir da Gramática de Construções, esse artigo analisa neologismos como sextar e segundar, que têm base em objetos temporais (sexta, segunda) para expressar ações relacionadas por meio de verbos. Mostra-se que a expressão dessas ações é motivada social e culturalmente.
FERREIRA, Paulo Ricardo Sousa. Do praiar ao jobar: integrações conceptuais na criação de verbos no português brasileiro. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 33, n. 1, p. 238-270, 2025. DOI: 10.17851/2237-2083.33.1.238-270. Disponível em: https://periodicos.ufmg.br/index.php/relin/article/view/59602. Acesso em: 15 set. 2025.
→ O estudo analisa neologismos verbais de lazer (bebemorar, praiar, rolezar, turistar) e de atividades profissionais (jobar, performar, schedular, tradar). Fundamentado na Gramática de Construções, no Frame Semântico e na Mesclagem Conceptual, propõe-se que tais criações mesclam conhecimentos enciclopédicos para expressá-los em uma construção lexical única.
